29.1.09


O processo...
é o processo em si, o caminho, que faz todo o sentido.
e nunca é demais revê-lo, tomar novamente contacto com o desenho, com o lado laboratorial da cor e do tom, perder duas horas num esboço de uma natureza morta, dedicar tempo a descobrir o mais acertado dos amarelos ou dos cinzas.
Verdadeiramente terapêuticas estas tardes!!!

28.1.09


Lê-se. Por altura de um lanche mais tardado, lê-se e mastiga-se pãozinho quente com pouca manteiga.

Enquanto isso, deste lado, efectuam-se cálculos... cálculos que envolvem custos, custos previstos por uma lei isenta de sentido, contudo!

É hora de balanço, o balanço anual esperado.
E então?

De um valor generoso, embora absurdo se tivermos em conta que diz respeito a um ano, de 2.481 passamos a ter ...
tshã tshã tshã tshã ... 1.517. Praticamente metade do valor!

Mas como?
Simples. Um somatório vasto de retenções (334) e contribuições (630). Basta isso!!!

E porquê?
Não faria sentido estar a redobrar-me em explicações que, realmente, não fazem qualquer sentido.

O que é que se procura? Assegurar uma reforma!

Qual a consequência? Contenção, contenção, contenção.

Ser-se comedido, nestas circunstâncias, é comum... mas qual o limite viável de contenção quando se têm tantas despesas não consagradas no nosso historial?

Continuo determinada a pensar que... nada se faz para assegurar o mínimo a cada contribuinte, mesmo que o discurso eleitoral nos fale de cidadãos qualificados, pro-activos, empenhados e facilidades infinitas para quem demonstra exemplaridade.

Sabem o que digo?
MERDA!!! E prendam-me por tal, se for fragilizar o povo que se quer calado e submisso!!!

(mas mesmo assim prosseguimos. Esta é a verdade. Porque pouco é melhor que nenhum, mesmo quando do pouco se tira quase tudo!!!).

Abraço a todos os que identifiquem, neste relato, alguma correspondência com os seus pessoais percursos!!!

26.1.09




E a passos tímidos lá vão oito anos cheios... e a sensação, nestes momentos, é a de que não passou nem um!!! Parabéns a nós e à nossa perseverança, sobretudo!!!







Somos como velhos troncos...que, insistentemente, se ramificam...e procuram chegar, ao azul, com a ponta dos dedos.

24.1.09

Na varanda... nesta varanda de pedra subsistem apenas os cactos
e as ervas daninhas, pouco selectas, rompem qualquer terra, qualquer pedaço de terra
Na casa, sossega a luz amarelada
e fecham-se as portas para procurar a noite, resgatar a lua... mesmo que sumida e desassossegar as vidas

Não estamos!!! Hoje cá não estamos!!!

23.1.09

808ª mensagem deixada.
Ganham cor os estendais vizinhos. Contam histórias de jovens casais a debaterem-se, persistentemente, com a falta...
Na varanda, subsistem diferentes espécies de cactos, mas murcham as pétalas e amarelecem as folhas, com uma rapidez desnecessária.
Piazzola conduz-me, em certos temas, a uma saudade primordial, essa saudade da vida no seu essencial, essa saudade antiga e permanente.
A sopa serena, desta vez um caldo alaranjado, na escassez de leguminosas e do aveludado azeite.
O aspirador perdeu a sua avidez...e eis que se interropem as limpezas.
E a saudade, tinta-da-china sobre papel humedecido, invade suave as assoalhadas.
Já se estudou sobre pigmentos, já se reviram sinopses para as propostas de visitas pedagógicas, mas...
Falta tudo ainda... falta o raio de sol para aquecer as veias e fazer correr as energias cinzentas... isso falta!
Coisa que não falta, contudo, é a naturalidade com que me falam das contribuições para a segurança social.
Que leveza!!!
Pois é. Demasiados recibos, mesmo que fracos, levam a um montante mensal considerável... e junta-se, assim, mais um valor para abater no já diminuto ganho... e, no entanto, o empenho persiste. É verdade!
E pronto... tento, com dificuldade, tornar à correspondência... com quem está já tão longe que nem dos olhos me recordo.
E torno baços os vidros para o exterior, na notável tentativa de me ausentar, de me vasculhar, com quem descose uma gaveta atafulhada de memórias e bijus.
O inverno serve para isso mesmo!!!

Ausente!

15.1.09



Demorado, é certo, mas chegou.
Alguns problemas técnicos...e um período de habituação...mas fundamental tendo em conta o contexto em que estamos inseridos!!!
Outro dos equipamentos que exigirá regras específicas e muito acompanhamento!!!

14.1.09

Rasgar folhas de couve
Escarnecer das gentes felizes por nenhum motivo

Rasgar folhas de papel de jornal
Deambular pela casa à procura de respostas

Rasgar folhas de couve para espantar as indecisões, as imperfeições, as incorrecções, as frustrações, ...

Rasgá-las até um limite impossível de pequeno, infinitamente pequeno...e reduzir, nelas, tudo o que, por elas, procuro espantar

Rasgar folhas de couve para a sopa semanal... Sopa e pão e sopa e pão...que mais há?

Rasgar folhas de couve e de papel de jornal que desdizem, contradizem... e rasgá-las na força das soluções ainda não previstas.

Rasgar...

9.1.09


E o prometido é devido!!!


8.1.09

Há dias não menos absurdos que este...e outros há que são diferentes...mas há dias.
E também os há menos frios...e mais
Dias há em que faz sentido uma superfície pintada, outros há em que a cor não tem, aparentemente, razão de ser...e se cobre todo um plano de cinza
E o absurdo do dia vai passando tão devagar como as horas a um desempregado
E cai o tempo, sem esforço...cai redondo, disforme, sobre as têmporas e deixa-se estar
Porque um novo dia vem...e dedos não gelam tanto...e já podes desassossegá-los numa tarefa!

7.1.09







Gorro e cachecol ou gorro com bolsa nos mesmos tons.
São conjuntos práticos que exigem tão somente um tom neutro que os acompanhe.
Quentes para fazer face ao esperado frio e ajustáveis a diferentes cabeças.
O em tons de laranja e castanhos é para ser usado já esta quinta ou sexta pela filhota.
Veremos como se comporta!



Uma pregadeira (das muitas ofertas de Natal) feita à medida (o seu registo não lhe faz justiça!), em croché (lã e algodão) e com aplicação de lantejoulas em salmão.
Julgo ter sido recebida com agrado!!!

5.1.09

A 45 dias, julgo que será isso, do festejo dos 2 amplos anos deste espaço virtual...
e tanto aconteceu...









O re-visitar de rostos e hábitos, apresentá-los a ti...
Re-andar de baloiço, o baloiço de três gerações, ainda como de costume, não fossem aquelas mãos as mãos do ferreiro que assobiava Amália como ninguém.
Re-saborear o arroz de manteiga da Avó Mila, que também tanto aprecias.
Re-sorrir ao Novo Ano que chega, entre laçarotes imensos e papel de embrulho multicolor.
Re-sonhar naquela cama da qual não conseguimos sair, tal o peso das antigas mantas de cheiro a Inverno.
Re-inventar peças de lã no recanto da lareira, onde habita o inebriante saco de botões de sempre.
Re-tomar o café no estabelecimento habitual, cumprimentando as gentes que sempre ficam.
Re-olhar a montra do pequeno quiosque à beira estrada, replecto de leituras, recentes ou muito antigas.
Re Re Re ... a importância devida do retomar das tradições, das pequenas tradições em época natalícia.