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Filipa Soares
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28.7.08
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Uma alfineteira repleta de agulhas e alfinetes de cabeça multicolores; carrinhos de linhas; retalhos e sobras de soquetes da filhota...somam-se-lhes algumas contas de vidro e...voilá...um blog!
É o tempo morno e melancólico da tarde
que não antevê o desassossego
do tempo que se acelera
São os passos cambaleantes do segredo
que abrem espaços entre eles e o raciocínio
inteiros abismos que nos enchem, de farpas, os pés descalços
É o tempo maldito de desperto
de fim de tarde
que torna próximo o gesto do adeus
São as vãs promessas de um regresso
pontuadas de lágrimas e silêncios
que nos engolem a vida outra que agora termina
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Filipa Soares
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28.7.08
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E não se me afigura outra forma de dizer!
Dito de outra forma...toda a inerente complexidade do que possa dizer...perdia-se!
É cheio de remendos e de por dizeres e sempre sôfrego e nisto a linha consegue ser bem mais maleável e excessiva que um simples risco!!!
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Filipa Soares
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24.7.08
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Filipa Soares
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24.7.08
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Não é evidente a sensação de perda...mas há, efectivamente, essa sensação...
Não é lógica. Não é nova.
É uma sensação que enche, de incómodo, a curva dos lábios, a ruga debaixo do olho, a acinzentada mancha acima da maçã do rosto.
Há uma ausência impreenchível que me acompanha desde sempre e que se esgota sobre uma folha de papel e outra e outra. E que se acumula em gavetas e que esgota energias.
Não é evidente a sensação...mas está...como estão os factos e o seu peso sobre a memória.
Não é lógica, porque lógica seria se motivos tivesse. E não existem motivos. Ou existem?
É a falta de qualquer coisa que não consigo definir e que enche a casa, e o silêncio dela, de nostalgia.
Maldita nostalgia!
Não é evidente, embora outros olhos reconheçam-no pela minha mudez.
Sou muda para o mundo, mas não tenho outro onde grite...e acumulo!!!
Maldita referência esta! Maldita sensação!
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Filipa Soares
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24.7.08
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