30.6.08


E antes mesmo de recolher... (os afazeres convocam a minha presença!!!) ... os meus mais recentes devaneios:


Serão, futuramente, bolsas de mão de tamanho modesto e repletas de berloques.


Listas e listas de croché...de cores próximas, botões, contas cor de areia e pedaços de tecido que se justifiquem na composição.


São exercícios de paciência e terão direito a história personalizada.


A paciência é-vos, igualmente, requisitada...porque a estarem prontas só mesmo após o verão.

Piquenique na zona oeste...com pimentos assados, broa de milho, bejecas e cerejas.
Filhos caninos e não só, papagaios que não voam, algum croché e estudo sobre arquitectura em Portugal ou sobre as características do óleo de linhaça.
Sesta sobre a toalha axadrezada e regresso sonolento!!!

27.6.08



Estranhamente o fio mais borbotado surge, aqui, em amêndoa mas, na verdade, é esverdeado. (reacção à luz, com certeza!).



Trata-se de um fio...efectivamente...para outros tempos...de mais frio.
Receberá algumas aplicações ... mas apenas quando terminado!!!
Suponho que...com calma...ele ganhará a forma pretendida.




É o adereço destes últimos dias, intercalado com algumas leituras e um ram ram habitual!!!




Retorno na semana seguinte (tb para justificar o empréstimo da máq fotográfica!!!).




Um belíssimo, e cultural, fim de semana!!!

À excepção do registos de café...e de algumas lacunas: Falta uma Última Gota de Luz... a série Shifting Frontiers, aqui detalhada, convoca uma renovada atenção.




Como uma folha de papel que recebe o imprevisto previsível ou o avesso...




Espaços opacos...e silenciosos...são o colo de uma panóplia de linhas e pontos ... que resultam de uma "decisão" pessoal por parte do espectador, convidado assim a tomar parte de um todo sem fim à vista.





Esta sua "decisão", esta possibilidade de optar, não acontece sem um diálogo com o dispositivo escolhido.




A responsabilidade, em termos compositivos e de concentração/dispersão, é conjunta, resulta de um equilibrado jogo homem - máquina...reflexo de um quotidiano, a este respeito e não só, interactivo.

As imagens requerem, sem sombra de dúvida, uma legendagem adequada...que opto por deixar para o dia seguinte face ao tardio da hora.



Deixo-vos a indicação de que se trata, efectivamente, de uma exposição patente no Centro de Artes de Caldas da Rainha...a poucos dias do fim...e que merece a nossa atenção.



A quem o devemos? Ao artista plástico Carlos Sousa!



(Até então. Sono tranquilo a todos os que ficam!).



24.6.08

Demoro-me sobre as telas.
São 5 apontamentos.
Terra de sombra natural, carne, azul brilhante e algum, pouco, amarelo sahara.


"António", de Rodrigo Leão (ainda), no abrir de zonas de luz e sons mais opacos para as de sombra.



Demoro-me sobre o tempo.

Encho o espaço de telas sujas.

Paro o tempo.

O tempo escancara a sua boca de vento e engole-me inteira.



Pincel espatulado nº6.

Terra de sombra e carne e mais nada.



Água fresca sobre o rosto.

Olhos escancarados.

Descer as escadas. Sair para a rua.

Bachelard sempre. Pedro Paixão em 5 tardes.

E eis que...a meio caminho...no contexto de uma iniciativa de final de ano escolar...e aguardando o pequeno momento vocal da filhota...





nos surge...a todos os sentidos...este raro lugar...integrado no espaço da escola e da responsabilidade de alguns alunos mais fugidos e em risco de desistir...





São estas situações, que nem precisam de ser muito vistosas, que nos agarram ao chão e nos possibilitam esperançar!






Um aplauso aos mentores do projecto e um viva aos que meteram as mãos na terra, por nós todos, por cada um...

21.6.08

Quase 4 da manhã.

3 telas (des) feitas e algum cansaço.

Só regresso em inícios de semana. Até lá...tudo de bom.


(um abracinho apertado a Gui...que faz tempo que não vejo e que se farta de me mimar com os seus comments).

20.6.08

No findar do leque cultural...um verdadeiro Show...já nas proximidades do lar...para bem da planta de todos os pés.

E sobre este último...bem...sobre ele...enfim...
Em termos visuais um assombro, um esmagamento, uma falta de ar, uma perplexidade de deixar abertas todas as bocas...
E personagens absolutamente arrebatadores, com as suas vozes decididas a soprar mel, tanto mel aos nossos ouvidos...
E...
nem sei...
(De ver e pedir bis dezenas de vezes. Não fosse o cansaço dos mesmos....e teria ficado ali até ao varrer do chão).

...De ontem: duas massas das proximidades dos novos (para mim) espelhos de água do Jardim Gulbenkian que, graças a um absoluto apaixonado, se foi desvendando...para espanto de nosso incrédulos olhos...e se fez suspenso quando, outrora, seria chão, inegável chão!!!

Mesmo antes...Cactos...enormes, históricos cactos...autênticas esculturas que ameaçavam romper o tremeluzente tecto.

Uma opção arrojada no que respeita exposições...catálogos e ensaios...e um vagaroso almoço pontuado de mirtilhos e framboesas.

19.6.08

E lá vamos nós...em peregrinação até à capital!!!


No interior da mala...crochet...de miudinho a graúdo...
em tons de azul...assim como a toilette que decidi passar pelo
ferro agora mesmo.


Amanhã madrugar...ainda hoje adormecer!!!

17.6.08

(mais actualizado parece-me impossível!!!)



O João Pestana chegou aos olhos das minhas duas ternuras...mesmo mais cedo que o habitual e eu, claro está, aproveito para me demorar, não mais que meia horita, e embalar o silêncio com palavras poucas.



Algumas das imagens da película ainda latejam...e apesar de um ligeiro desencontro sonoro...pareceu-me bem.



Evidentemente que esta ideia de existir um rosto para a criatividade tem muito de discutível...mas alguns pormenores não deixaram de fazer eco...e somam-se a outras tantas imagens que servem o propósito de nos alimentar, poeticamente falando!!!



Esta ausência de som...de momento...e que se prolonga mesmo por algumas tardes...dificulta, gradualmente, o seu inverso.



Se me deixarem ficar...mesmo ausente...a descobrir, vagarosamente, recantos desconhecidos da casa...não o lamento.


Suporto-me bem, julgo. Por vezes pior, deduzo!



Enfim


16.6.08

Antes mesmo de se avançar...é necessário retomar e "retocar" o que já fora começado.

Nada como selar certos capítulos...para ensaiar novos, mesmo que incertos.



Esta semana será de algum trabalho e muito investimento...e em casa cheira a água perfumada própria para engomar.



Faça chuva (...que nalguns quês é muito frequente!!!) ou faça sol...sigo!!!

13.6.08


e um registo posterior do artigo...do qual farei réplicas noutros tons...

Cheio de retorcidos...para inconformado romantismo!!!


E por último...um cachecol invernoso (para dias longínquos) ...


Uma colcha para a minha cama de ferro forjado...trabalhado pelas mãos do avô paterno!!!


E com estes farei uma colcha...

Quando crescer ... experimentarei a joalharia!!!


Há, visivelmente, um desassossego...
qualquer coisa está por mudar...
não importa o quê!!!

11.6.08


Por último...vestígios da noite anterior:



Dois saxofonistas, um pianista, um contrabaixo e um baterista.



Os dois últimos, John Hebert e Satoshi Takeishi, cumpriram-no...apontamentos pouco lúcidos, uma embriaguez contagiante, e o mar...se não parecer erróneo afirmá-lo...num dos mais curiosos e artesanais instrumentos musicais.



Um espectacular laboratório de sons, sob luz amarelada e convictos aplausos...



Uma tolha de rosto rosa, uns sapatos beringela, mesas e palco a negro baço, um dedilhar desentorpecido ... e o acolher de tudo isto sem cerimónia.



Entupam, de som, estes tímpanos enferrujados... se faz favor!!!

E termina aqui o rol de ornamentos circulares...antecipando outros formatos, mesmo outros propósitos, noutro material, noutra técnica...ou um corte radical de encontro a outros modos de fazer...
...talvez o recuperar do Desenho como disciplina...mas sem promessas.

10.6.08


Alguns tons por usar...logo após uma sessão de Jazz, uma arrumação no estúdio, uma fornalha de roupa por passar e uma aspiradela geral pela casa (migalhas de bolacha de água e sal frente ao sofá e alguns vestígios de acrílico da última investida numa tela no lugar dos ofícios), para além de um trabalho de teclas no sentido de actualizar o historial,e é só!!!...

Pontas soltas, trabalho de linha,...mas já nos devidos tons...
(a estas últimas juntar-se-à uma outra...em tons de verde mar...depois de lhe aplicar as missangas...).

Mais secos...porque anda tímido, ainda, o sol...

9.6.08


"Banquete", de Patrícia Portela...

Foram 3 horas de intensa perplexidade, é certo...mas também de empatia, de partilha de uma mesma situação...que a todos, se devidamente comprometidos, diria respeito.

Tratava-se, efectivamente, do fim da humanidade (nada que não tivéssemos suposto já!!!), do fim de nós...de cada um... e que, de algum modo, nos causara certa confusão.

Em que medida seria, este, o cenário pertinente para tão brusca mudança nos acontecimentos?

Num momento anterior vagueávamos no Hall de entrada do novo espaço cultural a palitar, elegantemente, os dentes e... segundos depois... subíamos ao palco, olhávamos as cadeiras cor de mostarda como se essas gritassem, ainda, aplausos de outras incursões.

Começava uma viagem pelo futuro...e todos os gestos seriam, a partir desse momento, esterilizados.

Nada em vão. Tudo premeditado.
Guardanapo negro por sobre o colo. Nenhuma migalha.

Um Banquete memorável...também pela sua estranheza e um respirar pausado na tentativa de resgatar, do íntimo de cada um, uma explicação para o que se vivia ali...

Pura e simplesmente irrepetível...a ponto de se sentir, efectivamente, o fim da vida como a conhecemos.

De repente...sente-se medo de abrir a cortina e assistir ao tremendo vazio na plateia e mais medo ainda de sair para a rua.

Um verdadeiro Espectáculo!!! Bravo! Bravo! Bis!...






Outros remoinhos...cor de azeitona...com aplicações

Pegas...circulares...em remoinhos de crochet!!!