28.7.08





É o tempo morno e melancólico da tarde
que não antevê o desassossego
do tempo que se acelera

São os passos cambaleantes do segredo
que abrem espaços entre eles e o raciocínio
inteiros abismos que nos enchem, de farpas, os pés descalços

É o tempo maldito de desperto
de fim de tarde
que torna próximo o gesto do adeus

São as vãs promessas de um regresso
pontuadas de lágrimas e silêncios
que nos engolem a vida outra que agora termina

27.7.08





Coisas há que não podem ser ditas...




Não digas nada...

24.7.08

E não se me afigura outra forma de dizer!
Dito de outra forma...toda a inerente complexidade do que possa dizer...perdia-se!
É cheio de remendos e de por dizeres e sempre sôfrego e nisto a linha consegue ser bem mais maleável e excessiva que um simples risco!!!






São como tubos de tinta...e por eles expresso...




Projectos antigos...de anos...em forma de saia ou de sacolas largas.

Não é evidente a sensação de perda...mas há, efectivamente, essa sensação...
Não é lógica. Não é nova.
É uma sensação que enche, de incómodo, a curva dos lábios, a ruga debaixo do olho, a acinzentada mancha acima da maçã do rosto.
Há uma ausência impreenchível que me acompanha desde sempre e que se esgota sobre uma folha de papel e outra e outra. E que se acumula em gavetas e que esgota energias.

Não é evidente a sensação...mas está...como estão os factos e o seu peso sobre a memória.
Não é lógica, porque lógica seria se motivos tivesse. E não existem motivos. Ou existem?
É a falta de qualquer coisa que não consigo definir e que enche a casa, e o silêncio dela, de nostalgia.

Maldita nostalgia!

Não é evidente, embora outros olhos reconheçam-no pela minha mudez.
Sou muda para o mundo, mas não tenho outro onde grite...e acumulo!!!

Maldita referência esta! Maldita sensação!

23.7.08

Uma ausência presente...sempre presente...és tu!









... MANGA...

22.7.08