E despeço-me assim...

Festas Felizes e até ao meu retorno!!!

Ontem optámos por um sábado a 3...desde a descida das escadas do apartamento, ainda cedinho, até perto das 10 da noite...
o que implicou uma forte dose de paciência, sobretudo aquando dos fortes ataques do Eu Quero, ainda mais acentuados nesta época.

E foi num desses momentos, em plena livraria, que lhe disse que me recusaria a comprar um livro sem história, repleto de pequeninos autocolantes, rapidamente inutilizados após uma primeira investida.

É certo que são bonitos aos olhos, tão imensamente brilhantes e coloridos, mas...

E tive de me encher de determinação, debaixo do olho das funcionárias, e explicar-lhe que muito mais importante que esse fantasioso lado das purpurinas e dos rosas plásticos (em todo o seu espectro), era o conteúdo, a história em si...

e mostrei-lhe, com calma, as ilustrações deliciosas de uns quantos livros...
mas a pirralha teimava, o pai quase que cedia, as funcionárias lançavam-me olhares fulminantes.

E tive de me encher de força, das narinas saía já um fumo quente, ... a livraria ameaçava fechar...

Peguei num dos livros e disse-lhe: Vou levá-lo comigo. Ficará na minha cabeceira. Se quiseres, depois, que o leia diz!

Custou, custou um pouco, mas...

passadas duas horas estávamos no café, os 3, deliciados com as imagens e totalmente rendidos à história.

E desta vez não venceu o rosa-choque, nem o bâton, nem o brilho para os olhos, nem gomas, nem chocolates, nem coisas afins...
mas um garoto e um excelente entardecer de leitura!!!

Como se não bastasse, após o frenesim da sua aquisição, descobrimos que o livro em si tinha acabado de sair do forno e tanto conto como ilustrações tinham sido fruto de uma mesma cabecita iluminada: Margarida Botelho, vencedora do Prémio Literário Maria Rosa Colaço 2008 na modalidade de Literatura Infantil.

Uau, uau, uau!!! 3 vezes uau!!!

A ler, a reler, e ...

Vale a pena estarmos rodeados de iniciativas do género, e de autores que se desdobram em mil para nos dar estes tesouros e, felizmente, mais baratitos até que a tal opção plástica e rosa choque que quase adquirimos, não fosse eu teimosamente adepta desta alternativa!!!

Obrigado Margarida...por ter dado tanto de si, e obrigado filhota...por me exigires a imprescindível teimosia no sentido de te procurar dar o melhor!!!...

Ora...não é propriamente fácil explicar do que se trata.

Surge como um largo fio para se colocar ao pescoço...
onde também é possível guardar algo de importante, como uma daquelas saborosas frases que resgatamos do último livro que lemos.

Tem franjas incertas...que terão diferentes tons de verde...também para abrandar o que o amarelo-limão tem de estridente...

E abraça o pescoço na forma de longos tentáculos em verde garrafa e um outro mais claro...de que desconheço a designação.

Percebeu-se?

É um fio... um laaaaaaaaaaaaaaaaaaaargo fio, é certo, mas um fio!!!

Há gorro e haverá xaile ou encharpe feito de minúsculas rodelitas roxas, lilázes e ocres em croché.
Assim é!!!
Talvez a usar no próximo inverno. Sim, porque neste só por milagre!!!

Comentem caso gostem ou desgostem, tanto faz, mas comentem...ou contactem só...

Falta pouco!!!

E porque o Natal está à porta...e tal data não se pode deixar em branco...a técnica de raspagem em pastel de óleo no formato postal...
enquanto outros terminam o panejamento em mais duas, três aulas.