11.9.07


O termo precariedade condiz bem com uma forte percentagem de jovens cada vez menos jovens, tal como o inegável desajuste entre os conteúdos de um curso superior e o mundo do trabalho...também estes não combinam...
E o que é que combina com cada um de nós?
Afinal, em momentos de reflexão como muitos, o que é que nos é próprio e somos forçados a abandonar e o que é que não nos é familiar e adoptamos, porque assim é?
Em que meio? Com que ferramentas teóricas? Com que prática?
E a nossa luta diária é precisamente esta: Onde, no fundo de nós, nos recolhemos e onde, nos momentos surdos da nossa ausência, somos?
A pessoa, em sí, com a qual tivemos de lidar por tantos anos, fica agora algures, num lugar sem nome, à procura da sua pele, da sua carne, das próprias entranhas...
e até aí é uma indefinição constante...
Entre uma pilha de jornais velhos, entre o pó que se acumula, no segundo entre o bom dia e a boa noite, entre linhas e agulhas, entre traços e esboços de coisa nenhuma, entre o espaço que distancia uma fotografia antiga e outra mais recente,entre...
sempre entre qualquer coisa e outra, entre...estará o lugar...a designação... nós... eu...
Filipa Soares

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