Antes de mais...muito boa noite...e um extraordinário fim-de-semana para quem trabalha.
Agora sim, reconheço a função pública ou, pelo menos, alguns que comigo trabalham e que, efectivamente o fazem!!!...
E depois?
O que é que eu vos queria dizer?
Acabei, agora mesmo, de visualizar um excelente documentário na RTP1 (confirmem na programação do respectivo canal), sentada na mesa mais a fundo da tasquinha de todos os dias, a saborear um trabalho intensíssimo de pesquisa e de determinação e eufórica por me sentir em comunhão com...
Nestes momentos, os 30 anos sabem a amadurecimento...e isto é positivo, muito positivo, sobretudo para quem anda, na maioria das vezes, tão perdida.
Tratava sobre a questão dos media, incidentemente sobre a televisão vs poder político.
Um retrato de como tudo aconteceu nesta desgovernada pátria, desde o estado novo aos tempos modernos.
Um trabalho sério...em que apetece louvar a existência de António Barreto e Joana Pontes.
Não sei ao certo se este será um dos documentários incluidos na tal colecção que já pedi ao pai natal, mas tudo me leva a crer nessa possibilidade.
Portugal, um retrato social...
Mesmo a musicalidade da coisa me soa a qualquer coisa de tremendo....sobretudo quando já se saboreou...Rodrigo Leão...na sua banda sonora para o já mencionado excelente trabalho.
E como reage o povo a tais afirmações?
A reduzida percentagem presente no tasco onde pude apreciar o documentário nem sequer se apercebeu do respectivo tesouro ou, então, falavam da sua primeira vez, no primeiro contacto que tiverem com a televisão, mas aparelho.
E assim é...a pobreza de espírito...
que me levou a levantar num protesto silencioso e colar, quase literalmente, o ouvido à televisão, enquanto uns poucos, já bebidos, projectavam a voz para falar do que desconhecem.
Alguém se apercebeu de que, algures no tempo, um final de uma novela fora de tal forma ocultado que...no próprio dia da sua revelação, o mesmo fora levado em mãos, em transporte especial, num cuidado extremo, até à sede do respectivo canal televisivo, escondido de tudo e de todos, como se de um segredo de estado se tratasse?
É surreal o ponto a que tudo chegou...
e fôra absolutamente "delicioso" escutar Salazar no seu discurso pomposo, escrito por mãos alheias, e sobre o qual o primeiro não teria, sequer, as capacidades para tecer comentários.
Ridículo! Absolutamente ridículo!
E há mesmo um termo, como que uma disciplina, que versa sobre a melhor forma de manipular o consumo do indivíduo... um estrangeirismo de que agora não me recordo e sobre o qual me escapa qualquer tradução.
Tudo isto nos é dito de forma tão clara, quase obscena, que não sei se hei-de rir ou chorar perante tais factos!
E que importa isso quando estamos mortos sobre as convicções...
quando nada nos move, ou comove, ou...o que quer que seja?
"Bem dezido" quem diz que dormimos sobre o cáos e com ele, pornográficamente...
e é daquele cáos inerte, inodoro, insonso e particularmente nada, zero, rien!!!
O que esperar??? Mais trabalhos destes...muitos...muitos mais!!!
Bravíssimo!!!
Indescritível!!!
Filipa Soares
7.12.07
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