Ora vejamos...
nem café nem afins...já tomados!!!
nem dobragem de meias ou lençóis...também já dobrados!!!
nem excesso, nem falta...
apenas uma sonoridade suave de que desconheço o autor...e...???
e sonhos...sonhos altos...do tamanho de um abraço forte...

Eu queria rasgar, por címa de nós, o pano baço...e estender estrelas sobre as pálpebras de todos os que hoje vivem o sábado como apenas mais um sábado...
e gritar que podemos, todos, sem excepção, romper com o ram ram dos dias, fugir, ser grande...inteiro (já Fernando Pessoa o dizia e tão bem!!!).

É preciso que acredite no que vos estou a dizer...e não mentir...não mentir...
É preciso que me levante e fuja...para lá...e recolha das coisas minúsculas a tão tamanha força de que preciso...

Eu queria hoje ver-me a empacotar saudades e tantas coisas que fui guardando ao longo do tempo...e descer estas longas escadas...e a meio caminho ganhar asas e voarrrrrrrrrrrrrrrrrr...

Adeus. É tempo de dizer adeus ao mofo, ao pó, ao desgastado...e ser...Ser!!!

O ser humano vive tanto neste não existencialismo...e a tasca...a tasquinha de esquina está tão cheia de vazio...

Quando é que eu parto do Oeste para ser...Ser? Quando?

Quando é que acontecerá o dia tal...o dia grande das enormes mudanças? Quando?

...
Um sábado...mais um sábado de expectativa e saudade...de mim...saudade de mim...

Filipa Soares