8.1.09

Há dias não menos absurdos que este...e outros há que são diferentes...mas há dias.
E também os há menos frios...e mais
Dias há em que faz sentido uma superfície pintada, outros há em que a cor não tem, aparentemente, razão de ser...e se cobre todo um plano de cinza
E o absurdo do dia vai passando tão devagar como as horas a um desempregado
E cai o tempo, sem esforço...cai redondo, disforme, sobre as têmporas e deixa-se estar
Porque um novo dia vem...e dedos não gelam tanto...e já podes desassossegá-los numa tarefa!

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito obrigada pelas tuas frases... Andamos à deriva, não é?!Deve ser do frio! Mas ontem e hoje têm estado dias fantásticos, cheios de sol... Daqueles em que dá vontade de voltar aos degraus da escola, ou ao caminho de madeira no pinhal, para fazer tricô, croché, costuras. Para nem sequer falar muito!Só para apanhar rasgos de luz e calor, nas horas expectantes por aulas de conversas densas.Saudosismo sempre evidente, de quem se deixa inquietar, envolver, sensibilizar... Não é fácil deixarmo-nos permanecer à flor da pele.... Tanta coisa! Voltamo-nos constantemente para pessoas ou coisas que nos ponham os pés no chão, ou que nos deixem ainda mais sedentos de dias plenos de conversas proibidas, de habilidades artesanais... de sonhos de míudos. É isso, não procuramos conforto serenomas conforto que nos desinquiete, que devolva algum fogo, paixão, que seja como um dedo na ferida! Precisamos disso, nós, inconformados...

Abraço