Quase 10 dias depois do último post...um delicioso recanto que, por esta via, vos recomendo...http://luisalourenco.blogspot.com...
O recuperar...tão coeso e meticuloso...de uma tradição secular...
Trapoloelogio-te, a ti e ao teu trabalho, deste modo.
Bem hajas!!!

Hoje apetece-me relembrar-te...

Sabes o porquê? Tricotámos juntas, pelo menos em sonho, os passos gigantes que dariamos quando fossemos grandes...

Quando fôr grande vou ser...e diziamos em uníssono: Estilista...Artista...e a frase terminava sempre com umas reticências...

Quando fôr grande...e já existir forma de te encontrar sem ser por telemóvel (raríssimo) ou por messenger... e as estradas encurtarem mais ainda e o tempo sossobrar...vou dizer-te que aqueles sonhos eram um pouco altos ... ( quando em adultos, muitas coisas se tornam bem mais comedidas)

...que o artista é agora um relações públicas ou, no mais usual dos casos, limpa, lava, arruma e diz: Boa Tarde!!! ( que é de bom tom fazê-lo )e que de estilista restarão as linhas e os remendos...

... mas na altura do quando fôr grande...foi tudo tão perfeito...

o telefone fixo para dizer... Dentro de meia hora estarei aí e não saias de casa sem deixar recado...porque não existe ainda telemóvel e não vou saber por onde andas...e a srª. do café já não suporta o facto de só ter dinheiro para uma pastilha...e dizer que tudo mudou...e agora bebo café e fumo um cigarro...imagina tu...a 100 escudos!

O que é que dava para comprar, na altura dos grandes sonhos, com 100 escudos? O mundo quase todo, julgo! Dava para ir a lisboa ... ver as águas furtadas e escolher...esta será minha um dia...

ou dava para ir espreitar um actor cujo nome soava já nos ouvidos do povo... mesmo que não percebessemos o que dizia!!!

Lembro-me bem de cantares ópera enquanto passavas a ferro e dos cortes daqueles vestidos que ficaram no papel...(ainda tenho, teus e meus, desfiles inteiros)...e que não saberemos nunca se seriam, alguma vez, usáveis...

e das tardes de tortura de tirar bigodinhos e pelitos dos joelhos...

e de chocapic ou molho bêchamel...

e sei lá que mais...

Hoje apetece-me relembrar-te...porque tricotámos juntas os grandes sonhos de futuro...que agora, no presente, nem estão assim tão longe...pois não?

20 anos passados...e eu relembro-te...aqui!

Bachelard...
Não me canso de repetir...é pelos seus olhos que me reconheço...
é no seu devaneio que me elimino...que me esqueço...
é no labirinto daquelas ideias/imagens que me esgoto...e me renasço...todos os dias...
Agora com " A Terra e os Devaneios da Vontade ".
(leiam também...)

Excesso de rimel...excesso de tudo...tudo excessivamente excessivo...certos odores e certos desprazeres...numa fusão absurda e sem qualquer gosto.
Enfim...
Parcelar...memória parcelar do que já foi e deixou muito pouco vestígio.
O que resta? Persistência. Tudo uma questão de persistência e pouco mais...
Nada mais que...
Somos nós...e nenhum outro...que nos aventuramos quando tudo diz para o não fazermos...
e então? Isto é o que temos de mais próximo da vida, cuja definição custa tanto...e a experiência é tão resumida...

Caros Bloguistas...

Serve este post para vos informar, oficialmente, da Exposição Colectiva integrada na comemoração do 1º aniversário da Livraria Martins Fontes Portugal - Caldas da Rainha.
Esta exposição reunirá trabalhos de todos os artistas que, até então, estiveram patentes naquele mesmo espaço e servirá, deste modo, de encontro entre diferentes expressões e formas de estar.
Estão todos convidados a aparecer...amanhã (dia 15 de Junho)...por volta das 21 horas...no espaço da livraria e, connosco, festejar a existência de um bom espaço cultural...com dois rostos simpatiquíssimos por detrás.

Sem mais
Até lá

Filipa Soares

Uma espécie de arranjo floral...uma natureza morta...um traço de uma atmosfera de que se desconhece a origem...

A que me conduz? À sombra de Lourdes de Castro que agora releio (sempre com renovado olhar)...graças aos cativantes saldos na feira do livro...

O fim-de-semana por terras desconhecidas:

Senhora da Hora, São Mamede de Infesta, ... trouxe-me, à memória, Selda...Selda é um nome invulgar para uma pessoa igualmente invulgar...

(Estes genes que tanta resistência comprovam...a cada passinho que damos...e seus filhotes irão pelo mesmo caminho...não fossem eles netos de quem são, filhos, sobrinhos, primos...)

Depois de um clima medieval, o retorno!

Um belíssimo dia de venda...que espero...contagie o fim-de-semana por vir...E o que virá?

Feira de Artesanato na rua das montras em Caldas da Rainha...

A do canto, à vossa direita, armada em deusa guerreira no combate contra o mal...sou eu...
A do lado precisamente oposto, no cimo das escadas do "Palmo e Meio" é a Mariana...razão pela qual a minha filhota adoptou o mesmo nome...

Hoje estou especialmente nostálgica.

As forças enfraquecem e não me ocorre dizer, fazer, ... absolutamente nada.

E nem sequer sei determinar, ao certo, que coisa é que me está a deixar tão ... mas é daqueles dias em que apetece dormir e acordar apenas muitos dias depois...

Por vezes não consigo perceber nenhum sentido nisto (nisto que nos rodeia) e nem tricotando ou fazendo uns rabiscos a coisa melhora.

Se, porventura, fizer sentido isto que deixo escrito...então escrevam...deixem vestígio...

Abraço...

(que será feito desta gente? Por onde andarão estas pessoas? retrocesso propositado...saudades...de ser pequena...).