18.5.09

A casa. Eu, tu, ela nela. A casa... BRANCA... alugada... e nós 3 nela. E os sonhos e Jobim nesta tarde longa. Esses sonhos, teus meus BRANCOS... adiados... e ela, a sonhar os seus ainda ilimitados.

E a casa, paciente, BRANCA, também adiada... que nos recebe elegantemente como convidados de honra. E nos momentos em que não estamos, inventa-se cheia de carácter e recordações de viagens que ainda não fizemos.

E a casa, e nós nela, a reinventar as sensações primeiras, a redobrar o pouco fôlego, a repetir a exaustão bonita que tão bem conhecemos... em casa, na casa, também ela Branca, Alugada, Adiada... a receber-nos agora já mais certos, de anel no dedo, a fazer tremer os episódios da vida para que ela faça, finalmente, O Sentido!!!

Porque sentidos fez já vários, nesta ou noutra casa, com este ou outro rosto, com este ou outro corpo, com estas rugas ou nenhumas, com estes trapos ou muito semelhantes...
e acabou por não fazer qualquer sentido... senão agora... e nesta casa tanto e tão pouco nossa, com as nossas poucas aquisições , tão mimadas, quotidianamente... e o tempo, a cirandar, a prometer, a sorrir-nos os delírios que um dia concretizaremos, juntos... que eu sei!!!

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